O número de carros blindados no país aumentou em 30% entre 2021 e 2022, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). Foi um novo recorde batido na categoria, com mais de 25 mil novos blindados durante o ano. Em 2021, esse número havia chegado a pouco mais de 20.000.
Apesar da recessão econômica que afetou diversos negócios, desencadeada, principalmente, por conta da pandemia de covid-19, o mercado de veículos de luxo não se viu tão afetado. Isso porque o público-alvo desse tipo de comércio possui grande poder aquisitivo, e não sofre de forma severa com crises econômicas como a que o mundo se deparou por conta da pandemia.
E isso impacta no crescimento do ramo da blindagem, ao invés de causar uma recessão, pois muitos desses veículos de luxo, por serem bens de altíssimo valor, necessitam ser blindados, para proporcionar mais segurança aos seus proprietários.
O Brasil é o país que mais blinda veículos civis em todo o mundo, o que também faz com que seja mercado que se destaca na fabricação de materiais balísticos, sendo hoje, uma grande referência de qualidade em relação a outros países.
Hoje, a qualidade e a modernidade dos materiais balísticos e dos seus acabamentos permitem que os automóveis blindados sejam mais atraentes aos olhos do consumidor, além do fator principal, que é a segurança.
Antigamente, usava-se apenas aço para fazer a blindagem, por isso os veículos se tornavam extremamente pesados, desgastando muito rapidamente a parte mecânica do automóvel. Hoje em dia, isso mudou bastante. Usamos, principalmente, materiais sintéticos à base de fibras, como o Kevlar, por exemplo, que é até 5 vezes mais resistente que o aço, e muito mais leve.
E a previsão é que em 2023 esse crescimento do mercado e indústria de blindagem continue.
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